JOGADOR Nº 1

Por Andrey Kuns

Baseando no livro de Ernest Cline, foi dirigido por um dos melhores diretores, quiçá, o único possível para este filme.

Sinopse: Num futuro distópico, em 2044, Wade Watts (Tye Sheridan), como o resto da humanidade, prefere a realidade virtual do jogo OASIS ao mundo real. Quando o criador do jogo, o excêntrico James Halliday (Mark Rylance) morre, os jogadores devem descobrir a chave de um quebra-cabeça diabólico para conquistar sua fortuna inestimável. Para vencer, porém, Watts terá de abandonar a existência virtual e ceder a uma vida de amor e realidade da qual sempre tentou fugir.

O início mostra como o Oasis é importante para a civilização que vive neste jogo. O diretor conseguiu sintetizar bem a apresentação do ambiente que vamos viver, mostrando as infinitas possibilidades existentes.

É claro que muitas coisas seriam mudadas do livro para o cinema, mas o importante é você como leitor captar a essência do que foi vivido nos livros, dentro do filme. Se você leu o livro, não sinta desconforto, pois, algumas coisas precisavam ser alteradas, caso contrário teríamos um filme com duração infinita.

As apostas são as cenas de ação e aventura. Incrível como realmente fazemos parte daquele jogo, em muitos momentos, durante o filme. Os personagens são tão carismáticos quanto os do livro.

A história é bem escrita, Spielberg é incontestável, ele soube como explorar aquilo que é um dos pontos que tornaram o livro um sucesso.
Os vilões apresentados são bem estudados e desenvolvidos para cada proposito que lhe são dados. Ele soube brincar com o fato de o grande executivo ser um leigo com a tecnologia e isso ajuda demais no desenvolvimento da trama.

No geral, o “Jogador nº 1” é um grande filme, uma aposta certa, uma adaptação marcante. Os anos 80 não foi muito explorado, a preocupação foi trazer o filme para um público mais atual, mesmo assim temos uma apresentação do essencial: filmes, músicas, personalidades. Ficou lindo visualmente, com uma trilha eletrizante e uma história de prender o fôlego.

Por mais ficcional que seja, “Jogador Nº 1” é muito real. O filme mostra como a cada dia deixamos de viver o real para viver um virtual, seja com apps, ou até mesmo jogos, talvez após ver esse filme você tenha uma reflexão diferente de como está conduzindo sua vida fora da “Matrix”

Andrey Kuns dos Santos é fundador do portal42 e parceiro do Bravo News