ROBIN HOOD

Por Hugo Dourado

Não é a coisa mais fácil do mundo refilmar uma história de sucesso, imprimir alguma originalidade e se dar bem. Em Robin Hood – A Origem, o diretor Otto Bathurst fez um filme com claras referências a jogos de videogame e uma estética de videoclipe, ou seja, muito acelerado, diálogos rasos e uma história pouco criativa e nada envolvente.

Taron Egerton (Robin Hood) mostra muito esforço e vontade para o papel, mas é o pior Hood dos últimos três filmes. Jamie Foxx (John), que se torna seu amigo e mentor após um fato traumático, precisa voltar a escolher bons papéis, bons roteiros, ou seja, os dois principais personagens da trama são fracos e isso se estende a quase todo o elenco.

Quem se salva, mas num papel pequeno, é Tim Minchin (Truck), que vive um frei sagaz e divertido, que ajudará os mocinhos a derrotar o Xerife.

A história mostra o jovem e nobre Robin de Loxley sendo convocado para servir a coroa britânica na guerra contra os moros no deserto. Quando ele volta, já dado como morto, vê que perdeu sua fortuna, sua bela mansão e sua linda e jovem esposa Marian (Eve Hewson) tão expressiva quanto uma parede branca.

O filme peca na ação, na aventura, no romance sem sal e principalmente não causa envolvimento com o público, você fica inerte sem conseguir torcer para os mocinhos se darem bem, de tão mecânico que são as atuações e os fatos que se desenrolam. Pelo menos os mais velhinhos, da minha geração, que viram as outras versões do ladrão que rouba dos ricos para dar aos pobres. Em resumo é um filme comum e fraco, que vale ser visto para quem for muito fã, caso contrário não é a melhor escolha da semana.