Cesar Oliveira, que já ajudou a proteger infraestruturas críticas em diversos países, retorna ao seu país de nascença em palestra para Cyber Security Summit 2023
Perdurando desde fevereiro de 2022, os conflitos armados entre Rússia e Ucrânia mostraram a importância das nações estarem preparadas para lidar com ameaças cibernéticas contra infraestruturas críticas. Especializado nesse campo de atuação e tendo obtido reconhecimento mundial após passar por grandes corporações dos EUA, Canadá e México, o brasileiro Cesar Oliveira retorna ao seu país de origem para palestrar durante o Cyber Security Summit 2023, que está acontecendo em São Paulo, hoje, dia 27 e amanhã, 28 de setembro, em São Paulo, com evento esgotado para mais de 400 pessoas do mercado.
De seus 25 anos de experiência, dois deles foram dedicados à Vale, gerenciando a segurança da infraestrutura da mineradora e liderando iniciativas inovadoras de segurança perante novos conceitos tecnológicos como Internet das Coisas (IoT) e computação na nuvem (cloud). Porém, destaca-se em currículo a sua atuação como Gestor de Defesa Cibernética da Uniper, maior importadora de gás da Alemanha e que foi estatizada pelo governo em 2022 justamente para minimizar os impactos causados pela guerra citada.
“A Alemanha tem sido um proeminente defensor da segurança cibernética em infraestruturas críticas, conhecidas como KRITIS. Suas boas práticas refletem um compromisso sólido em fortalecer a resiliência contra ameaças digitais que podem impactar setores essenciais, como energia, transporte e saúde”, explica Cesar. “A Alemanha adotou medidas rigorosas para mitigar riscos e aumentar a proteção dessas infraestruturas vitais”.
Desafios e necessidades urgentes
De acordo com o estrategista, o histórico de ciberataques massivos — como a “pandemia” do ransomware NotPetya, em 2017 — ajudou a Ucrânia a se preparar contra riscos e acelerar sua resposta a ameaças, otimizando a resiliência de infraestruturas críticas ao país. Ainda assim, de acordo com as análises de Cesar, o país continua enfrentando desafios que, na verdade, são globais, como a escassez de profissionais capacitados, a complexidade de sistemas interconectados e a falta de cooperação entre o setor público e as empresas privadas.
“A Alemanha também promove a colaboração entre o setor público e privado, incentivando o compartilhamento de informações sobre ameaças cibernéticas e melhores práticas. Essa colaboração é fundamental para enfrentar ameaças sofisticadas e em constante evolução. É justamente neste ponto que o Brasil deveria se desenvolver em relação ao que encontrei na Alemanha”, explica — antes de ressaltar que, apesar de tudo, nosso país demonstra uma “boa maturidade” na cultura de conformidade, especialmente em setores regulados.
Em sua palestra marcada para a sétima edição do Cyber Security Summit, batizada como “Ameaças Cibernéticas em Tempos de Crise e Guerra: O Caso da Indústria de Energia na Alemanha”, Cesar planeja trazer suas experiências com uma riqueza ainda maior de detalhes, ajudando a os decisores de cibersegurança do Brasil a partir de suas percepções protegendo a infraestrutura de uma das maiores companhias de energia e gás da Europa.
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