ALITA: ANJO DE COMBATE

MENINA BOA DE BRIGA

Já adianto que não li o mangá que inspira o filme e também não tenho a intenção de ler, por isso vou analisar o que vi no cinema sem fazer comparação. Alita: Anjo de Combate, de Robert Rodriguez, me surpreendeu por unir um excelente acabamento visual, um 3D muito bem feito (vale demais a pena investir e assistir numa sala top) e uma história bacana, que me prendeu do início ao fim do filme.
As fases que passam pelo encontro, criação e descobertas de Alita (Rosa Salazar) são mais paradas, porém vão aguçando a nossa curiosidade e quando chega o momento de combate e ação ficamos paralisados olhando toda a beleza visual do filme, com seus movimentos e efeitos muito bem resolvidos.
O ponto fraco é o romance da protagonista, que não convence e para piorar tem um ator muito sem sal no papel Keean Johnson (Hugo). Por outro, a atuação de Christoph Waltz (Dr. Ido) está acima do que eu esperava, não pela qualidade do ator, mas por que grandes atores costumam naufragar em produções blockbuster.
Na história Dr. Ido descobre em um lixão a cabeça de uma ciborgue que ainda vive, ou melhor funciona, e ele desconfia que ela é algo além de um simples robô.
Depois de reconstruí-la e trata-la como uma filha, o Ido terá que revelar o seu passado e ajudar a menina a descobrir o seu próprio, já que a curiosidade é um sentimento natural de todos os jovens.
As descobertas e revelações levarão os dois a uma aventura perigosa e cheia de ação, num embate que poderia ser classificado como os excluídos sociais contra a elite dominante, fazendo uma analogia com o mundo real. No elenco ainda estão Jennifer Connelly (Chirem), Mahershala Ali (Vector), Ed Skrein (Zapan) e Lana Condor (Koyomi).