O RASTRO

O médico João Rocha (Rafael Cardoso) é o responsável pela transferência de pacientes de um hospital público falido. Uma menina dá entrada durante este processo e ele promete cuidar da garota que desaparece.

Todos são suspeitos e o doutor mergulha em um universo sombrio. Um terror psicológico bem feito que para assustar ainda mais, retrata a penúria da nossa saúde pública.

Estava na hora do Brasil, um país cheio de superstições, explorar este segmento. Terror tropical, suado, psíquico e social.

Gostei da paleta de cores trabalhadas no filme. Em pleno verão, nos 40 graus do Rio de Janeiro, a percepção do clima é nítida para o espectador, porém o uso das cores frias traz um contraponto.

O áudio é bom, as vezes exagerado. Alguns personagens não são muito bem explorados, talvez pela falta de diálogos mais densos, porém nenhuma crítica é capaz de derrubar o entusiasmo do filme.

A locação da maioria das cenas, foi em um hospital desativado e abandonado no Rio de Janeiro, última atividade realizada no local. Boa parte da iluminação utilizou a claridade, ou obscuridade, natural.

O final gera mais de uma interpretação e reflexão, gosta assim!

Em meios as críticas, que é algo normal, serve para corrigir erros futuros, o filme vale o ingresso. Pegue seu casaco e vá ao cinema seguir O Rastro.


Ficha Técnica

Elenco:
 Leandra Leal, Rafael Cardoso, Felipe Camargo, Claudia Abreu, Jonas Bloch e Alice Wegmann
Direção: JC Feyer
Produção: Malu Miranda e André Pereira
Roteiro: Beatriz Manela e André Pereira
Produção Executiva: Bia Caldas
Direção de Produção: Clara Machado
Direção de Fotografia: Gustavo Hadbaia
Direção de Arte: Daniel Flaksman
Produtora: Lupa Filmes
Distribuidora: Imagem Filmes
Ano: 2016
Tempo: 90 minutos

Fotos: cartaz, cenas do filme, coletiva de imprensa e pré-estreia

 

 

 

 

 

 

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