MULHER MARAVILHA É PROIBIDA NO LÍBANO

O Grand Cinemas, rede de cinemas libanesa já tinha comprado os direitos do longa-metragem aprovado, até então, pela censura e regulamentação do país. O trailer chegou a passar nos cinemas.

O embargo feito pelo governo libanês foi avisado em cima da data de estreia. A rede Grand Cinemas teve menos de 24 horas para informar aos clientes sobre o cancelamento. Avisou pelo twitter.

Uma das desculpas, é de que o governo foi pressionado por uma campanha de boicote ao filme que era chamado de “O Filme da Soldada Israelense”.
Gal Gadot, a atriz que interpreta Diana, a Mulher Maravilha, é israelense, nascida em Tel Aviv e serviu por 2 anos as Forças de Combade Israelense (IDF) e aos 18 anos foi eleita miss Israel. Vale lembrar que o serviço militar em Israel é obrigatório para ambos os sexos. Leia o texto até o final, porque ao que parece este não é o único motivo, nem o principal.

Uma campanha anterior pedia a proibição de Batman vs Superman, onde a atriz participa, porém não teve êxito.

A repercussão de toda esta história começo logo que Gal Gadot foi escolhida para ser a heroína e o filme foi anunciado.
A atriz postou uma foto orando com sua filha e a seguinte legenda: “Estou enviando meu amor e orações a meus colegas cidadãos israelenses. Especialmente para todos os meninos e meninas que estão arriscando suas vidas protegendo meu país contra os terríveis atos praticados pelo Hamas, que estão escondidos como covardes por trás de mulheres e crianças … Devemos superar !!! Shabbat Shalom! #weareright #freegazafromhamas #stopterror #coexistance #loveidf

O post deve 15 mil comentários tanto a favor quanto contra o seu posicionamento. Um seguidor chegou a escrever “”O exército israelense sionista é a maior organização terrorista!”. A foto foi apagada das mídias sociais da atriz.

Independentemente das visões políticas, o filme Mulher Maravilha não faz nenhuma alusão a Israel. A mensagem que o filme passa é de enxergarmos o lado bom das pessoas, de não desistirmos do ser humano e do empoderamento feminino. Este último parece ser o “X” da questão.

Elie Fares, o blogueiro mais famoso do Líbano esclareceu em seu blog stateofmind13.com, que outros filmes de Gal Gadot não foram censurados, lembrou que Natalie Portman nasceu em Israel e não existe problema com seu trabalho exibido no país.
Ele relata que quando a Mulher Maravilha apareceu nas telas dos cinemas em Batman vs Superman foi aplaudida pelas pessoas.

Fares levantou uma questão: “Quem sabe, o problema deles (Governo Libanês) não seja com o fato de Gal Gadot ser israelense, pois isto não têm influência sobre o filme em questão, mas sim porque o filme apresenta personagens femininas fortes e independentes que nosso patriarcado não pode propagar? ”

Parece que o buraco é bem mais embaixo.
Para saber mais sobre este filme babado clique aqui.